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quarta-feira, 6 de julho de 2016


CLASSIFICAÇÃO DOS JUDEUS NA ÉPOCA DE JESUS


Resumo

O presente artigo versa sobre a origem e características dos grupos judaicos do 1º século, e suas influências na sociedade da época. O autor demonstra que a origem de tais grupos se dá em um contexto de reação contra o misticismo e ameaça da existência do judaísmo e que ora tem motivações políticas, ora religiosas, ora filosóficas. Ainda, se por um lado a sinagoga é criada como instrumento de preservação do judaísmo, por outro é uma das responsáveis pela facilitação do surgimento dos diversos grupos judaicos. Dessa forma, as sinagogas eram utilizadas como plataforma nas quais os grupos propagavam suas opiniões ao discordarem dos dirigentes do Templo. Por último, o autor demonstra que os grupos judaicos do 1º século mudaram a essência da fé judaica, e por isso, se por um lado surgiram com o intuito de preservar a fé judaica, por outro lado foram exatamente os responsáveis por fazer com que a fé judaica original se tornasse diferente desse judaísmo. Por isso, modificaram aquilo que tanto desejavam preservar.

Palavras-chave: Judaísmo; 1º Século; Fariseus, Saduceus; Samaritanos; Essênios; Herodianos; Zelotes; Sicários; Publicanos; João Hircano; Flávio Josefo; Zadoque; Neemias; Gerizim; Sambalate; Mikvah; Mar Morto; Qumran; Herodes; Hipermodernidade; Lectio Divina, Templo, Sinagoga.

Introdução

As hostilidades contra o cristianismo primitivo eram comuns, especialmente por parte da comunidade judaica do primeiro século. Inicialmente por parte dos fariseus, que eram um partido religioso, e dos saduceus, que eram um partido político-religioso. Dessa forma, fica claro a existência de grupos judaicos distintos, entre os quais se vê a representação tanto da opinião e posicionamento Escriturístico de seus integrantes bem como de suas ideologias filosófico-políticas.
Todavia, para prosseguirmos é necessário fazermos uso de algumas fontes primárias, a exemplo de Flávio Josefo [1]. A importância deste historiador é de tal importância que o Dr. Augustus Nicodemus declara que “como historiador judeu, as obras de Josefo são inestimáveis para o nosso conhecimento da história dos judeus debaixo do domínio romano” [2]. Dessa forma, são três os grupos judaicos citados por Flávio Josefo, no aspecto filosófico:
Existem, com efeito, entre os judeus, três escolas filosóficas: os adeptos da primeira são os fariseus; os da segunda, os saduceus; os da terceira, que apreciam justamente praticar uma vida venerável, são denominados essênios: são judeus pela raça, mas, além disso, estão unidos entre si por uma afeição mútua maior que a dos outros. [3]

Quando observamos o aspecto filosófico do judaísmo, encontramos três grupos, como fez Josefo – Fariseus, Saduceus e Essênios. Porém, quando observamos o aspecto étnico encontramos os samaritanos que são uma miscigenação de judeus e gentios, e os herodianos que possuíam um laço consanguíneo com Herodes, o Grande. Ainda, haviam os zelotes que eram um grupo político do século I que buscava promover uma rebelião contra o Império Romano, com o intuito de libertar Israel pela força e que termina por promover a Primeira Guerra Judaico-Romana (66-70).

Ainda, outros grupos são encontrados entre os judeus, a exemplo dos sicários e dos publicanos.
Os Sicários eram um subgrupo oriundo dos zelotes, porém, mais radicais. O termo é originário do latim ‘sicarius’ e significa ‘homem da adaga’. Essa expressão só surge algumas décadas após a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C., de acordo com Kippenberg, que afirma, ainda, que o termo “foi a denominação dada ao movimento revolucionário rural da Judéia” [4] e já o termo zelotes se referia a “um movimento sacerdotal” [5], isto é, de cunho mais religioso. Por essa razão, o grupo dos Sicários não será tratado em particular neste artigo, pois são uma subdivisão dos zelotes.

Os Publicanos eram os coletores de impostos nas províncias do Império Romano. De acordo com Buckland [6], haviam dois tipos de Publicanos: os Publicanos Gerais e os Publicanos Delegados. Os Publicanos Gerais respondiam ao imperador romano e eram responsáveis pelos impostos. Os Publicanos Delegados eram aqueles que eram comissionados pelos Gerais para coletar os impostos nas províncias. Estes eram considerados como “ladrões e gatunos”. Muito embora fossem odiados pelos seus compatriotas, os judeus, Buckland afirma que diferentemente dos fariseus, os Publicanos não eram hipócritas. Como os Publicanos são mais uma “profissão” do que um grupo filosófico-político-religioso ele não será tratado em particular neste artigo.

Diante do quadro apresentado é importante se estudar cada um desses grupos de forma separada, para depois se montar o quadro político-religioso geral da nação. Por último, buscar aprender com a história para que não se cometam os mesmos erros outra vez.

1. Os fariseus

Em geral, atribui-se o surgimento do farisaísmo ao período correspondente ao cativeiro babilônico (587-536 a.C.). E, basicamente, toda a informação acerca desse grupo é oriunda das obras do historiador Flávio Josefo [7], dos diversos escritos dos rabinos, por volta do séc. II, e das informações contidas no Novo Testamento.

Muito embora se atribua ao termo ‘fariseu’ o sentido de ‘separado’ este significado não é uma certeza. Porém, sabe-se que era o grupo mais seguro da religião judaica (At 26:5), e que surgiu por volta da guerra dos macabeus, com a finalidade de oferecer resistência ao espírito helênico trazido por Roma e que possuía, em seu interior, a intenção de preservar o judaísmo e suas crenças ortodoxas. Muito embora, Enéas Tognini declare que “há dois grupos terrivelmente antagônicos desses “fariseus”: separatistas e liberais. O primeiro se opunha terminantemente às influências helenísticas na Palestina [8], enquanto o segundo era favorável” [9].

Um dos fatores que mais colaborou para a organização deste partido foi a perseguição promovida por Antíoco Epifânio. Porém, Flávio Josefo declara que foi sob a influência de João Hircano [10] que os fariseus passaram a desfrutar do apoio do povo em geral [11].

Ainda, segundo citação de Tognini [12] sobre Josefo, os fariseus criam no livre-arbítrio do homem, na imortalidade da alma, na ressurreição do corpo, na existência de anjos, na direção divina de todas as coisas, nas recompensas e castigos na vida futura, na preservação da alma humana após a morte e na existência de espíritos bons e maus. Contudo, Jesus denunciou severamente este grupo por causa de sua hipocrisia e orgulho.

Em linhas gerais, podemos afirmar que este grupo surgiu por uma boa razão, mas seus objetivos foram desvirtuados no decorrer do tempo, especialmente porque não se deve apenas adquirir o conhecimento ou defendê-lo, mas colocá-lo em prática. Por essa razão, o termo fariseu tornou-se sinônimo de hipócrita. Tanto que o próprio Jesus afirma: “… tudo o que vos disserem, isso fazei e observai; mas não façais conforme as suas obras; porque dizem e não praticam” (Mt 23:3).
Ao extrairmos os ensinos que a história deste grupo nos traz, podemos iniciar uma maratona de cautela e vigilância, porque a defesa da fé deve ser feita alicerçada no amor bíblico e não em bases religiosas fanáticas e desprovidas do biblicismo necessário. Por outro lado, a prática da Lectio Divina [13] precisa ser reensinada na Igreja, para que assim o sistema educacional eclesiástico na hipermodernidade [14] volte a ensinar para o povo a Teologia Bíblica aliada à vida devocional, o que nos auxiliará a não cair em um neo-farisaísmo.

2. Os saduceus

Era o grupo que fazia oposição aos fariseus.
O surgimento desse grupo traz alguma controvérsia, pois as suas origens são desconhecidas. Alguns acreditam que deve ter surgido com Zadoque, um sacerdote do período do rei Davi.
Este grupo era mais sacerdotal e aristocrático e, sendo mais fechado, não fazia questão de popularização. Ainda, Schubert [15] afirma que de 539 a.C. (período do domínio persa), até o período de Alexandre, o Grande, as famílias dos sumo sacerdotes se mostravam complacentes com os vizinhos pagãos, vivendo em harmonia com os povos helênicos.

Era um grupo composto por homens educados, ricos e de boa posição social. Em geral, tinham crenças opostas a dos fariseus. De acordo com Schubert, ao citar Josefo, os saduceus negavam a ressurreição e juízo futuro, criam que a alma morria com o corpo, negavam a imortalidade, negavam a existência dos anjos e dos espíritos, criam que Deus não intervinha nas vidas dos homens, não tinham as mesmas crenças que os patriarcas, negavam a existência do Sheol (inferno) e só depositavam a crença naquilo que a razão pura pudesse provar. De forma geral, o Novo Testamento apresenta de forma negativa um resumo da crença dos saduceus: “os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo nem espírito” (At 23:8).

Com isso, percebemos que este era um grupo que interpretava as Escrituras utilizando como base os mesmos pressupostos que futuramente passaram e ser denominados de ‘humanistas’ [16], desconsiderando o caráter divino, espiritual e sobrenatural. Franklin Ferreira faz a seguinte declaração acerca da crença dos saduceus:

Os saduceus, com o seu repúdio à doutrina da ressurreição e descrença na existência de seres angelicais, podem ser considerados como precursores dessa corrente de interpretação das Escrituras. Pouco se sabe sobre a origem desse partido judaico, mas parece haver adotado uma posição secular-pragmática de interpretação das Escrituras. Ao negarem verdades básicas das Escrituras, os saduceus podem ser considerados, guardadas as devidas proporções, como os modernistas ou liberais da época. [17]

Por isso, conclui-se que enquanto os fariseus eram os conhecedores da Escritura, mas hipócritas, os saduceus eram os líderes, mas mercenários e humanistas, no uso geral do termo. Por causa de suas atitudes venais e suas más práticas começaram a se tornar impopulares. A influência dos saduceus era grande, mas sua fidelidade a Deus mínima. A riqueza dos saduceus era grande, mas sua integridade mínima. A influência política e religiosa dos saduceus era grande, mas seu caráter era mínimo.
Ao extrairmos os ensinos que a história deste grupo nos traz, podemos concluir que há uma profunda semelhança na sociedade hipermoderna com os saduceus, já que presenciamos uma diversidade de líderes religiosos que têm se prostituído por causa de benefícios financeiros, status e vantagens pessoais.

3. Os samaritanos

Atribui-se a origem dos samaritanos a ocasião quando Sargom tomou Samaria para o cativeiro e tentou desnacionalizá-los misturando-os com os babilônios (IIRs 17:24). Talvez esse tenha sido um dos motivos pelos quais os outros judeus abominavam os samaritanos, considerando-os a escória da sociedade. Além disso, os samaritanos eram acusados pelos judeus de serem oportunistas, procurando ficar do lado dos judeus apenas quando estes estavam em ascensão.

Este grupo era frequentemente ridicularizado e desprezado pelo restante dos judeus. Joachim Jeremias [18], ao citar a obra de Levi VII 2, afirma que “a partir de hoje Siquém será chamada a cidade dos idiotas, porque nós zombamos deles como se zomba de um louco”.

Costumeiramente, os samaritanos adoravam no templo, porém, ao voltar do cativeiro os judeus os proibiram de participar da reconstrução de Jerusalém, e o genro de Sambalate, que era sacerdote, foi expulso dali por Neemias. Por não terem ‘sangue puro’, não possuir religião judaica, por serem acusados de oportunismo, porque o sacerdote (genro de Sambalate) foi expulso do convívio social e por serem proibidos de participar da reconstrução, começaram a se empenhar contra a obra que Neemias estava fazendo. Então, Sambalate construiu um templo rival ao de Jerusalém, no monte Gerizim. Ainda, para piorar a situação, desde a construção deste segundo templo, a situação entre judeus e samaritanos se agravou, e o clima de ódio e desprezo se torna cada vez maior, como nos apresenta o livro apócrifo de Eclesiástico ao afirmar que “há dois povos que minha alma abomina, e o terceiro, que aborreço, nem sequer é um povo: aqueles que vivem no monte Seir, os filisteus, e o povo insensato que habita em Siquém” [19]. Sabendo que este denominado “povo insensato que habita em Siquém” são os samaritanos.

Ainda, os samaritanos mantinham crenças semelhantes à dos saduceus.
Apesar de todas as acusações do judaísmo contra os samaritanos, encontramos diversas passagens bíblicas, neotestamentárias, nos mostrando a pregação do Evangelho para os samaritanos (Lc 17:16; Jo 4; At 1:8; At 8:5,14; At 9:31) e até uma conduta destes que é contraposta à conduta do farisaísmo (Lc 10:25-37).

Ao extrairmos os ensinos que a história deste grupo nos traz, podemos concluir que o verdadeiro evangelho não faz acepção de pessoas, e trata a todos de igual para igual, independente dos erros passados.

4. Os essênios

Enquanto os fariseus se tornaram sinônimos de hipócritas e os saduceus de mundanismo, o essênismo se torna sinônimo de isolacionismo, isto é, vida separada e afastada de todos.

Os essênios surgiram na tentativa de manter a instrução Escriturística viva, assim como os fariseus, mas sem a hipocrisia característica desse grupo, e a busca por uma vida de fidelidade e compromisso, diferentemente dos saduceus. Por isso, Charles C. Ryrie afirma que o “essenismo foi uma reação ascética ao externalismo dos fariseus e ao mundanismo dos saduceus” [20]. O problema é que eles pensavam que para se cultivar uma vida de santidade teriam que viver isolados do mundo, em um sistema de ascetismo.

Basicamente, os essênios se dedicavam ao estudo das Escrituras, a oração e as lavagens cerimoniais, conhecidas como banhos Mikvah. Dividiam seus bens com a comunidade e eram conhecidos por seu trabalho e vida piedosa.

Existe, ainda, a teoria da existência de dois grupos distintos de essênios, que é apresentada na Enciclopedia de la Biblia, que apresenta o grupo essênio de Qumran e outro, talvez, no Egito [21].
Nos achados do Mar Morto, os manuscritos de Qumran, encontram-se evidências de que os essênios se isolaram por desejarem abandonar as influências corruptas das cidades judaicas. Eles se dedicaram a preparar o “caminho do Senhor”, crendo que o Messias viria, e consideravam-se o verdadeiro Israel. Segundo Josefo, os essênios, além de enviar suas oferendas ao templo, realizavam seus sacrifícios de forma diferente do restante dos judeus e acentuavam a importância da purificação [22]. Por causa dessa diferenciação ritualística, os judeus os proibiram de sacrificar no templo, que os mesmos essênios afirmavam estar contaminado pela impureza da religiosidade social e judaica.
O historiador Plínio [23], o velho, apresenta algumas características desse grupo:

Na parte ocidental do mar Morto os essênios se afastam das margens por toda a extensão em que estas são perigosas. Trata-se de um povo único em seu gênero e admirável no mundo inteiro, mais que qualquer outro: sem nenhuma mulher e tendo renunciado inteiramente ao amor; sem dinheiro e tendo por única companhia as palmeiras. Dia após dia esse povo renasce em igual número, graças à grande quantidade dos que chegam; com efeito, afluem aqui em grande número aqueles que a vida leva, cansados das oscilações da sorte, a adotar seus costumes (…) Abaixo desses ficava a cidade de Engaddi, cuja importância só era inferior à de Jericó por sua fertilidade e seus palmeirais, mas que se tornou hoje um montão de ruínas. Depois vem a fortaleza de Massada, situada num rochedo, não muito distante do mar Morto. [24]

Ao extrairmos os ensinos que a história deste grupo nos traz, aprendemos que para haver uma vida de santidade e dedicação não é necessário o isolamento. A luz deve brilhar em meio as trevas e o sal deve temperar onde não há tempero.

5. Os herodianos

Era um grupo de judeus que acreditava na cooperação com Herodes, para haver o favorecimento dos judeus, muito embora Herodes considerasse a si mesmo um deus vivo, tentando helenizar Israel, exercendo forte pressão política sobre a nação judaica e buscando corromper os costumes judaicos. Historiadores como Jerônimo, Tertuliano, Epifânio, Crisóstomo e Teófilo revelam que os herodianos criam ser Herodes o Messias, surgindo em defesa de Herodes para adquirir algum tipo de benefício. Tognini [25] declara que “os herodianos eram um partido mais político que religioso. Eram um com os saduceus em religião, divergindo apenas em um ou outro ponto político”. E Hale [26] apresenta os herodianos como um grupo independente e oriundo de uma ala esquerdista dos saduceus.

As informações acerca dos herodianos são poucas, porém, Saulnier e Rolland afirmam que os herodianos possuíam privilégios e regalias concedidas pelo governo de Herodes [27]. Porém, parece que a finalidade política dos herodianos era se fortalecer o suficiente para depois se desligar do poder e dependência romana, pois havia ainda um sentimento de nacionalismo que se opunha a um poder estrangeiro, como afirma Douglas [28].

Esse grupo se colocava à disposição do governo romano, trabalhando como espiões que observavam continuamente possíveis situações que poderiam trazer problemas ao governo, como rebeliões políticas, insurreições ou movimentos messiânicos, a exemplo de Jesus e seus discípulos, como declaram Saulnier e Rolland [29].

Ao passo que os zelotes eram fervorosos defensores de uma rebelião, os herodianos se tornam então seus opositores.

Ao extrairmos os ensinos que a história deste grupo nos traz, perceberemos que existem, em todos os períodos de tempo, aqueles que sempre estarão dispostos a sacrificar as convicções em troca do recebimento de benefícios pessoais. Por isso, esse grupo é caracterizado por aqueles que buscam seus próprios interesses em detrimento do próximo, e o completo desapego das verdadeiras convicções e princípios, a começar pelos princípios éticos e Escriturísticos. Para estes, o que mais importa é estar ao lado daquele que lhes proporciona benefícios, pois assim poderão experimentar os resultados trazidos pela influência e status do poder.

6. Os zelotes

Os zelotes são um grupo que se destaca como sendo o mais radical dentro do judaísmo. Foram os principais responsáveis por produzirem os levantes contra Roma, provocando a Guerra judia (66-70 d.C.), culminando na destruição de Jerusalém e do Templo. Os zelotes tornaram-se sinônimos de ‘fervorosos’, e foram os que uniram o fervor religioso com o compromisso social, assim como os sicários [30].

Este grupo rebelde idealizava a vinda do Messias mediante uma ação revolucionária, que resultaria em sua libertação das mãos opressoras de Roma e do helenismo.

De acordo com Horsley e Hanson o zelo por Deus e pela Lei de Deus não pode ser utilizado como características para se denominar um grupo, pois de certa forma todos os grupos judeus possuíam essa característica [31]. No entanto, o que caracteriza os zelotes não é apenas esse zelo, tão somente, mas a manifestação desse zelo através do desejo de revolução e luta como meio de libertação. Isso é o que o faz diferente de outros grupos.

Conclusão

O Israel do 1º século possuía uma gama de facções e grupos étnico-filosófico-político-religiosos que promoviam uma nação fragmentada. Muito embora alguns desses grupos visassem a libertação do domínio de Roma, outros estavam imbuídos do desejo de reconhecer o governo de Roma e a Herodes como o messias.

Se por um lado a resistência judaica visava a preservação de sua religião e cultura contra a tentativa de helenização e paganização de seu povo, por outro lado essa resistência se formava em frentes que tinham interesses particulares e que se uniam apenas em ocasiões muito especiais em prol de um objetivo comum, como no caso da perseguição contra Jesus e Sua crucificação. Ainda, como no caso da união e geração da Primeira Guerra Judaico-Romana, que termina quando as tropas do general Tito sitiam e destroem a resistência judaica em Jerusalém, resultando em um domínio romano mais acirrado.

Outros elementos foram de fundamental importância para o judaísmo do primeiro século, e que tiveram o seu início desde o exílio babilônico, como a sinagoga e o rabinado. Enquanto a sinagoga tinha a função de acomodar judeus que se reuniam para orar, cantar e discutir a Torah proporcionando assim o ensino teológico, garantindo a sobrevivência do judaísmo (Ne 8), a figura do rabi tinha a responsabilidade de viabilizar para o povo judeu essa transmissão realizada na sinagoga. Packer, Tenney e White Jr. afirmam que “essas mudanças garantiram a sobrevivência do judaísmo, mas também ajudaram a criar novas facções” [32].

O que vemos, então, é um quadro histórico pintado com grupos judeus divididos por pensamentos e ideologias distintas, no exato momento em que surge Jesus Cristo. Porém, para os fariseus é apresentada a mensagem de reprovação quanto a sua hipocrisia. Para os saduceus é apresentada a mensagem de que o amor ao mundo é inimizade contra Deus. Para os samaritanos é apresentada a mensagem de que ninguém podia servir a dois senhores. Para os essênios é apresentada a mensagem de que a luz deve brilhar em meio as trevas. Para os herodianos é apresentada a mensagem de que aquele que amar a sua vida esse perdê-la-á. Para os zelotes é apresentada a mensagem de que aquele que vive pela espada morre por ela.

Posteriormente surge outro grupo. Um grupo formado pela união de judeus e gentios. Povos de todas as raças, tribos, línguas e nações. Povos que foram redimidos pelo Messias e se tornaram seus seguidores em todas as partes do globo, através dos séculos. Esse grupo perdura até os dias de hoje, e o seu fundador, Jesus Cristo, disse: “sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16:18).

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NOTAS


[1] Flávio Josefo. Conhecido como Josefo, viveu por volta do ano 100 d.C. Apesar de judeu, tornou-se cidadão romano e foi um importante historiador do 1º século. Suas obras apresentam um importante quadro do judaísmo do século I.
[2] LOPES, Augustus Nicodemus. A Bíblia e Seus Intérpretes. São Paulo: Cultura Cristã, 2007.
[3] JOSEFO, Flávio. Bellum Iudaicum II, VIII, 119.
[4] KIPPENBERG, Hans. Religião e Formação de Classes na Antiga Judéia. São Paulo: Paulus, 1988, p.121.
[5] Idem. p.121
[6] BUCKLAND, A. R. Dicionário Bíblico Universal. São Paulo: Vida, 1981.
[7] Guerra dos Judeus (75 d.C.), Antiguidades Judaicas (94 d.C.), e Autobiografia (101 d.C.)
[8] É importante salientar que o termo ‘Palestina’ só foi cunhado por volta do ano 70 d.C. com a invasão do império romano que destruiu o templo e realizou um genocídio, na tentativa de apagar da história a memória da nação de Israel. Portanto, o termo correto aqui é Israel, e não Palestina, que se refere a uma nação que não existe, uma língua que não existe e uma cultura que não existe, mas que é fruto da tentativa do mundo árabe-islâmico de fundar o seu próprio Estado em detrimento da nação de Israel.
[9] TOGNINI, Enéas. O período Interbíblico. São Paulo: Hagnos, 2009, p.153
[10] João Hircano foi um sumo sacerdote que governou a Judéia entre 135 e 104 a.C.
[11] Josefo. Antiguidades XIII. 10.5-7.
[12] Idem, p.155
[13] A Lectio Divina consiste de: 1) Lectio – Leitura; 2) Meditatio – Meditação; 3) Oratio – Oração; 4) Contemplatio – Contemplação. Traduzindo ao pé da letra, Lectio Divina é: “Leitura Divina”. Mas também é conhecida como “Leitura Orante”. Era uma prática dos cristãos antigos, quando dedicavam um tempo exclusivo para meditar no texto da Escritura Sagrada, acompanhado de oração, meditação e oração, sempre contemplando de forma prática a mensagem do texto.
[14] Hipermodernidade é o termo criado pelo filósofo francês Gilles Lipovetsky para delimitar o momento atual da sociedade humana.
[15] SCHUBERT, Kurt. Os Partidos Religiosos Hebraicos da época Neotestamentária. São Paulo: Paulinas, 1979, p.15,16
[16] O humanismo é uma filosofia moral que apresenta o ser humano como a medida de todas as coisas. Isto é, o homem é o centro de tudo. Portanto, a ideia é contrapor-se a qualquer ser ou coisa de cunho sobrenatural. Surgindo por volta do século XIX é uma das heranças do Iluminismo do século XVIII, e é um dos pressupostos do ateísmo.
[17] FERREIRA, Franklin. Apostila de Hermenêutica. Rio de Janeiro: STBSB, 1999, p.12,13.
[18] Joachim Jeremias foi um teólogo Luterano alemão e professor de Novo Testamento e faleceu em 1979.
[19] Eclesiástico 50:27,28
[20] RYRIE, Charles C. A Bíblia Anotada. São Paulo: Mundo Cristão, 1994, p.1659.
[21] Enciclopedia de la Biblia, v.3, p.143-150.
[22] Antiguidades Judaicas. XVIII, 19.
[23] Gaius Plinius Secundus foi um historiador romano que escreveu Naturalis Historia, um vasto compêndio das ciências antigas composto por 37 volumes e dedicado a Tito Flávio, que viria a ser imperador de Roma.
[24] PLÍNIO, O Velho. Naturalis Historia. v. 73.
[25] Idem, p.167.
[26] HALE, Broadus David. Introdução ao Estudo do Novo Testamento. São Paulo: Hagnos, 2001, p.20.
[27] SAULNIER, Christiane & ROLLAND, Bernard. A Palestina nos tempos de Jesus. 7 ed. São Paulo: Paulinas, 1983, p.83.
[28] DOUGLAS, J. D. O Novo Dicionário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1995, p.712.
[29] Idem, p. 83.
[30] Uma explicação sobre os sicários é realizada na Introdução deste artigo.
[31] HORSLEY, Richard A. & HANSON, John S. Bandidos, profetas e messias: movimentos populares no tempo de Jesus. São Paulo: Paulus, 1995, p.166.
[32] PACKER, J. I.; TENNEY, Merril C.; WHITE, William. O Mundo do Novo Testamento. São Paulo: Vida, 1991, p.82.

sábado, 2 de janeiro de 2016

AS DUAS TESTEMUNHAS DE APOCALIPSE 11


AS DUAS TESTEMUNHAS DE APOCALIPSE 11

Irmãos, com relação às duas testemunhas, tudo o que podemos fazer são conjecturas bíblicas.

Primeiro: A finalidade destes homens é uma só: PREGAR O EVANGELHO DE JESUS AO POVO DE ISRAEL, PARA QUE SE CONVERTAM, POSTO QUE DE OUTRA FORMA NÃO FARÃO PARTE  DA BENDITA NAÇÃO  DE ABRÃO, MULHER VESTIDA DE SOL DE AP 12, CONSEQUENTEMENTE NÃO ENTRARÃO NO REINO (Mt. 25:31).

Segundo: PREGARÃO DURANTE A SEGUNDA METADE DA TRIBULAÇÃO, POR 1.260 DIAS.


Terceiro: Os israelitas não dão crédito aos cristãos, logo essas duas testemunhas não são da Igreja que conhecemos hoje. Logo só podem ser judeus de alta patente.


Quarto: TERÃO QUE SER HOMENS QUE TESTEMUNHARAM QUE JESUS ESTEVE AQUI, OU SEJA HOMENS QUE VIRAM JESUS NA TERRA.

Quinto: Os únicos Israelitas de alta patente que viram Jesus na terra foram MOISÉS E ELIAS,  e estes são os homens que o povo de Israel ouviria de imediato.

Sexto: ELIAS SUBIU AO CÉU, COMO VEMOS NAS ESCRITURAS, E SABEMOS QUE MOISES DESAPARECEU, CUJO CORPO NUNCA FOI ACHADO, MESMO COM A BUSCA METICULOSA QUE FOI EMPREENDIDA NA ÉPOCA.


Sétimo: Os dois estiveram com Jesus no momento da transfiguração, FORAM TESTEMUNHAS, na presença dos discípulos,  ou seja testemunharam que Jesus estava aqui. Bem como os dois reúnem as características das duas testemunhas do apocalipse: Elias fez chover fogo do céu  E FECHOU O CÉU PARA QUE NÃO CHOVESSE e Moisés CONVERTEU ÁGUA EM SANGUE. Dois motivos fortes para crermos que são os dois.

Ap. 11: 5
E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca, e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto.
6  Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, todas quantas vezes quiserem.
7  E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e os vencerá, e os matará.
8  E jazerão os seus corpos mortos na praça da grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado.

Claro que alguém dirá, como corpos glorificados podem ser mortos? Não tenho resposta. Para os planos de Deus nada é impossível.

 PAZ E GRAÇA

Henrique Gomes

A Crise na Venezuela

A CRISE NA VENEZUELA



sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

HISTÓRIA DO ESPIRITISMO

"História do Espiritismo - Resumo"


O QUE JOÃO NÃO DISSE, NO CAPÍTULO 7 DO APOCALIPSE E POR QUE NÃO DISSE?


O QUE JOÃO NÃO DISSE, NO CAPÍTULO 7 DO APOCALIPSE E POR QUE NÃO DISSE?


APOCALIPSE 7
3  Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado nas suas testas os servos do nosso Deus.
4  E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, 
de todas as tribos dos filhos de Israel.”


Somos convencidos por Paulo, em vários textos do N. T., por tanto, temos como uma verdade inalienável, que depois de Jesus o cavaleiro do primeiro selo, o JUDAÍSMO, como forma de adoração a Deus, foi extinto, assim como a lei, ab-rogada, introduzido, definitivamente o evangelho da graça, o CRISTIANISMO, como única forma correta de se chegar a Deus e suas promessas.

HEBREUS 7:17
 Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque. 18  Porque o precedente mandamento é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade 19  (Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus.
[A SABER, A GRAÇA DE NOSSO SENHOR YAHWSHWA]

Só há um meio de se entender o texto de Ap. 7: Compreendendo, com clareza, o texto de Paulo que diz:

GÁLATAS 3
  Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão.
 Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti. 9  De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão.
10  Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.

11  E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé. 12  Ora, a lei não é da fé; mas o homem, que fizer estas coisas, por elas viverá. 13  Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; 14  Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito.

15  Irmãos, como homem falo; se a aliança de um homem for confirmada, ninguém a anula nem a acrescenta.
16  Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo.

26  Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.
27  Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo.
28  Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.

29  E, SE SOIS DE CRISTO, ENTÃO SOIS DESCENDÊNCIA DE ABRAÃO, E HERDEIROS CONFORME A PROMESSA.

AS 12 TRIBOS DE ISRAEL DE AP. 7:


01) Judá / Davi / Jesus / “12” apóstolos / e as primícias e a igreja viva dos últimos dias. Obedecendo a ordem dos salvos de I Co. 15:23  Mas cada um por sua ordem: 1º. Cristo, 2º. as primícias, 3º. depois os que são de Cristo, na sua vinda. Sabendo-se que o texto de Ap. 7 trata exclusivamente de um povo que servirá, no milênio, ao lado de Cristo, também, na administração do Reino. Ver Ap. 14.

02) Rúben,
03) Gade
04) Aser
05) Naftali
06) Manasses
07) Simeão
08) Levi
09) Issacar
10) Zebulom
11) José
12) Benjamim



SE JOÃO TIVESSE EXPLICITADO NO LIVRO, QUE O JUDAÍSMO NA FORMA QUE SE ENCONTRAVA SERIA EXTINTO E O CRISTIANISMO SERIA A FORMA DE ADORAÇÃO, OS JUDEUS DE SUA ÉPOCA, TERIAM-NO APEDREJADO E QUEIMADO O LIVRO, DAÍ TODA ESSA COMPLICAÇÃO DO CAPÍTULO 7. 

APOCALIPSE 7

9  Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de TODAS AS NAÇÕES, E TRIBOS, E POVOS, E LÍNGUAS, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; 14...
"Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes
e as branquearam no sangue do Cordeiro."

IMPORTANTE:

Lembrando, que os BENDITOS DE MEU PAI de Mt. 25:31 de todas as nações, que haverão de receber, POR HERANÇA, o Reino, também são herdeiros pela promessa feita a Abraão, pelo sangue de Jesus, advindos da Tribo de Judá, (ver Ap. 12).


ccadvento@outlook.com

Henrique Gomes
01/01/2016



O MILÊNIO - 2

O MILÊNIO - 2
               

A Terra é uma jóia no meio do Cosmo, e nela há todo o tipo de vida e paisagens exuberantes. Apesar de algumas dificuldades enormes que existem no mundo, a beleza que há no globo terrestre arranca admiração e causa espanto. Muitos se perguntam se o homem vai levá-la à destruição por meio de um cataclismo nuclear, ou se vai poluí-la por completo.

Mas o que a Palavra de Yahweh diz sobre o futuro da Terra? Ela mostra que a Terra será governada por Yeshua o Messias, e quando isso acontecer as condições de vida no mundo se tornarão paradisíacas, para condizer com o governo perfeito do Messias. Alguns textos serão mostrados aqui para corroborar esse entendimento.

Não há dúvida que a esperança de vida eterna apresentada aos discípulos pelas Escrituras é a vida eterna aqui na terra mesmo. São muitos os versículos que corroboram isso. No entanto, não raro as religiões não enfatizam essa verdade, não se lembram que Elohim tem um propósito para este planeta, e que quando o Reino Milenar do Messias assumir o domínio governamental do mundo a Terra inteira será regenerada, transformando-se assim num paraíso, em virtude da eficácia sem precedentes desse novo governo vindouro. Esse novo mundo foi predito por Paulo em sua carta aos Efésios: ”Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, de tornar a congregar no Messias todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na Terra”. [Efésios 1:9,10]. Quando "as coisas na Terra" forem 'ajuntadas no Messias' a oração modelo de Yeshua o Messias finalmente será respondida por Elohim: "Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”. [Mateus 6:10].

Como você acha que estaria o mundo se a vontade do Eterno fosse feita na Terra da mesma maneira que é feita no céu? Certamente ela seria um paraíso, concorda?

A palavra "reino", na Bíblia, significa governo e as extensões do seu domínio. O governante principal do governo de Yahweh é Yeshua o Messias. É sobre ele que Paulo escreveu as seguintes palavras, em Hebreus 2:5 "Porque não foi aos anjos que sujeitou o mundo futuro, de que falamos". Segundo a Bíblia, Yeshua o Messias não governará sozinho. Muitas pessoas escolhidas por ele, participarão desse governo, conforme Apocalipse 5:9,10 “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Elohim homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; E para o nosso Elohim os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra”.

Como a Terra se tornará quando Yeshua governá-la? Há muitas profecias que fornecem um vislumbre dessa época. Veja alguns exemplos: “Bem aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra”; [Mateus 5:5]; "E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Elohim com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Elohim estará com eles, e será o seu Elohim. E Elohim limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”. [Apocalipse 21:3, 4]; “Porque os malfeitores serão desarraigados; mas aqueles que esperam em Yahweh herdarão a terra. Mas os mansos herdarão a terra, e se deleitarão na abundância de paz. Os justos herdarão a terra e habitarão nela para sempre”. [Salmos 37:9,11,29]; “Porque os retos habitarão a terra, e os íntegros permanecerão nela. Mas os ímpios serão arrancados da terra, e os aleivosos serão dela exterminados”. [Provérbios 2:21,22].

Pelo acima, fica claro que a Bíblia delineia claramente um futuro para a Terra, embora não forneça muitos detalhes desse novo mundo. Quando essa época de ouro chegar, as seguintes palavras se cumprirão: ”Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Elohim”. [Romanos 8 :21]

Embora a Bíblia seja suficiente para indicar que um dia Elohim criará condições paradisíacas na Terra, há um interessante relato de um discípulo do início do segundo século que confirma esse entendimento. O nome dele é Pápias de Hierápolis. Ele era amigo de um discípulo do apóstolo João. Segunda consta, Pápias escreveu o seguinte: "Quando também a criação, renovada e liberta, produzirá fartamente todos os tipos de alimentos, com o orvalho do céu e a fertilidade da Terra", assim como os anciãos, que conheceram João, o discípulo do Messias, relataram ter ouvido como o Messias ensinava sobre aqueles tempos: "haverá dias em que nascerão vinhas, que terão cada uma dez mil videiras.... um grão de trigo dará dez mil espigas, e cada espiga terá dez mil grãos.... Todos os animais que se nutrem desses alimentos, que recebem da terra, se tornarão pacíficos e viverão harmoniosamente entre si. Eles se submeterão aos homens sem nenhuma relutância.... Para os crentes essas coisas são críveis". E quando Judas, o traidor, negou-se a crer e perguntou: “Como o Senhor realizará tal coisa?”, o Senhor disse: “Os que alcançarem aqueles tempos verão". - Padres Apostólicos, Pápias, Ed. Paulus (1995), p. 327.

Esse mundo perfeito e harmonioso descrito por Pápias lembra diversos textos, dentre os quais podemos citar: ”Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”. [Isaías 9:6, 7]; “Haverá um punhado de trigo na terra sobre as cabeças dos montes; o seu fruto se moverá como o Líbano, e os da cidade florescerão como a erva da terra. Então a terra dará o seu fruto; e Yahweh, o nosso Elohim, nos abençoará”. [Salmos 72:16; 67:6]; “E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, seus filhos se deitarão juntos, e o leão comerá palha como o boi. E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e a desmamada colocará a sua mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento de Yahweh, como as águas cobrem o mar. O lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; e pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz Yahweh". [Isaías 11:6-9; 65:25]; “E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Elohim com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Elohim estará com eles, e será o seu Elohim. E Elohim limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis”. [Apocalipse 20:7; 21:3, 4, 5].

Haverá, sem dúvida, muita felicidade nessa época, e todos os verdadeiros discípulos podem ter fé nisso, pois "estas palavras são fiéis e verdadeiras". E uma maneira de demonstrar fé em tais promessas é celebrar a morte de Yeshua (ceia do Senhor), sem a qual seria impossível a redenção da humanidade. Lembre-se que ele ordenou que todo o discípulo fizesse isso. "E, quando comiam, Yeshua tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados". [Mateus 26:26-28]; "Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha". [1Coríntios 11:26].


C. M. Silva

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ESTRELA DE SALOMÃO

ESTRELA DE SALOMÃO



Amos 5:25 

Antes levastes a tenda de vosso Moloque, e a estátua das vossas imagens, a estrela do vosso deus, que fizestes para vós mesmos.



Os judeus se ajuntaram novamente em 48 por ordem divina e cumprimento profético, só que para juízo e maldição e não para sua posteridade. Eles negaram a Cristo e esperam um Messias que está às portas para ser introduzido no mundo, o qual será por eles venerado.

Este Líder Mundial será o seu líder e o seu número é 666 Ap. 13. Este número está contido na estrela de 6 pontas da bandeira de Israel, e não por coincidência, Salomão exigia tributos do rei de Tiro na ordem de 666 talentos.

A Israel atual, foi, apesar de profética, artificialmente criada e contou com o aval de uma família de banqueiros dos mais ricos do mundo: Os Rothischild. (Ver vídeo com a compra do pré-sal por esses infelizes)


Desde o século XVIII, esta família ostentava está estrela em um brasão em sua loja na Alemanha.


A conclusão é: Essa estrela trata-se de um símbolo usado pelos egípcios, sumérios e demais povos antigos, em rituais religiosos pagãos com sacrifícios humanos a Baal, Molóque etc..

Foi parar nas mãos de Salomão quando se casou com uma egípcia, e traiu a Yahwha, nosso Deus, cultuando deuses egípcios dentro do Templo, o que custou a ira de Deus e a derrocada de Israel.

Dai a associação deste símbolo a Salomão.

Como sabemos que a maçonaria tem suas origens, e cultua o templo de Salomão, vemos por que este símbolo é amplamente usado por ela.

Ora, sabemos da influência relevante da maçonaria na construção de Israel, a relação dos iluminátis com a maçonaria e da relação dos Rothschild com a estrela do satanismo com a maçonaria e sua relação e com a estrela, ...soma-se às profecias de maldição contra Israel, TÁ MONTADO O CENÁRIO.

Só pra passar a régua, deixo a seguinte pergunta: porque consta nas Escrituras todos os símbolos do Templo: shofar, menorá, incensário, etc. E não consta está famigerada estrela de 6 pontas?


"Ame os Judeus e ore pela sua conversão, mas saiba bem, quem são e o que querem."






SIONISMO, UMA ABOMINAÇÃO PROFÉTICA

Um Judeu Rabino, por nome de Shabatai Sevi século XVII, veio e disse: “Eu sou o messias”. Tinha cerca de um milhão de seguidores judeus. O sultão da Turquia islâmica, na época, deu a ele um ultimato: Ou você se converte ao Islão ou morre.
Ele optou por se converter, houve uma grande decepção entre os judeus. Mas haviam pessoas diferentes, seguidores de Shabatai, que com a dissolução do grupo, criaram cultos diferentes ao de Shabatai Sevi, e o pior deles era o de nome Donmeh, que era uma secreta organização, com sede na Turquia.
Donmeh, trabalhava com orgias descomunais e imorais, e a razão pela qual esses seguidores de Sabatai criaram esta modalidade, foi porque segundo as Escrituras, principalmente no livro do profeta Daniel, sabemos que o messias virá após às mais altas abominações praticadas pelos homens. Ora, por mais incrível que pareça, esse grupo começou o culto de abominações para abreviar a vinda do messias judeu.

Entenderam que, se fizessem o mal em grande escala, poderiam usar essa energia para provocar um colapso mundial e forçar a vinda do messias. É evidente que um povo perseguido como eles almejem uma liderança como a de Davi, o que não justifica seus meios.
Através de uma pessoa insidiosa de nome Yakov Frank, O Donmeh acabou por evoluir para uma doutrina totalmente satânica, desembocando no século XVIII, na cultura Ilumináti, fundada por Adam Weishaupt com participação significativa na revolução francesa.
Veio aí a junção de judeus e a maçonaria.





“A Família Rothschilds, detem 50% da fortuna do mundo e controlou, se é que não controla ainda, os bancos centrais das nações do mundo todo.”

Um fato não mencionado na história que conhecemos é o de que os EUA, entraram na guerra contra os alemães, comprados pelos Rothschilds, que em contrapartida queriam a palestina de volta aos “judeus” (sionistas). Daí a explicação do massacre nazista contra o povo Judeu, que até então, eram imigrantes, muito bem recebidos na Alemanha, onde viviam em paz. Muitos desses judeus foram recebidos cordialmente na Alemanha, após a implantação do comunismo na Rússia. Obviamente os alemães se sentiram traídos pelos judeus e houve então o massacre nazista.

Fica a pergunta: Porque se fala tanto no massacre nazista que matou 6 milhões de judeus e nada sobre os mais de 50 milhões de   cristãos mortos e torturados pelo regime comunista, num total de mais de 100 milhões de pessoas, só no século XX. Fica claro que os Rothschilds/Iluminátis compraram a maior parte das ações dos principais canais de informações existentes em todo o mundo, incluindo Hollywood, para divulgarem o massacre e apagarem dessa maneira suas verdadeiras ações.

Atos 7:42

Mas Deus se afastou, e os abandonou a que servissem ao exército do céu, como está escrito no livro dos profetas: Porventura me oferecestes vítimas e sacrifícios No deserto por quarenta anos, ó casa de Israel? Antes tomastes o tabernáculo de Moloque, E a estrela do vosso deus Renfã, figuras que vós fizestes para as adorar. Transportar-vos-ei, pois, para além da Babilônia.


O Israel sionista de 1948, trata-se de uma profecia de Deus, a mando de Deus, porém servirá como abominação para os últimos dias, o Israel sionista não é de Deus, muito menos a Estrela de 6 pontas, como você pode observar aí abaixo. Eu quis dizer na época, que quem estreita relações espirituais com o Israel Sionista de 48,  está seguindo a Satã.

A nação sionista de Israel será eliminada junto com o anticristo nos últimos dias, daí a necessidade da terraplanagem dos montes e a implantação da cidade santa de Ap. 21:2.

Zacarias 14:4

E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul.

" Então virá o Senhor meu Deus, e todos os santos contigo." (Ap.19)



I Reis 11:7

Então edificou Salomão um alto a Quemós, a abominação dos moabitas, sobre o monte que está diante de Jerusalém, e a Moloque, a abominação dos filhos de Amom. E assim fez para com todas as suas mulheres estrangeiras, as quais queimavam incenso e sacrificavam a seus deuses.

Pelo que o Senhor se indignou contra Salomão; porquanto desviara o seu coração do Senhor Deus de Israel, o qual duas vezes lhe aparecera.

O Rei Salomão reintroduziu a Estrela de 6 Pontas ao Reino de Israel. O Talismã de Saturno ficou então conhecido como o Selo de Salomão.

A estrela de seis pontas não é um símbolo judeu, mas um símbolo egípcio que
Israel adotou no deserto devido à sua apostasia. Esse símbolo, que é usado por Israel em sua bandeira, ao contrário do que dizem, não é a estrela do rei David e sim de Salomão. Segundo a Bíblia em 1 Reis 11, em um dado momento Salomão se corrompeu, se afastou de Deus devido ao seu amor por suas esposas pagãs que o levaram a adorar deuses e construir altares e templos pagãos. Ele adotou essa estrela como o seu símbolo, mas muito antes dele esse símbolo já era utilizado por ocultistas pagãos como o hexagrama que é um dos símbolos mais fortes das bruxas e magos para invocar espíritos.

Moloque/Renfã




Atos 7:42

Mas Deus se afastou, e os abandonou a que servissem ao exército do céu, como está escrito no livro dos profetas: Porventura me oferecestes vítimas e sacrifícios No deserto por quarenta anos, ó casa de Israel?
Antes tomastes o tabernáculo de Moloque, E a estrela do vosso deus Renfã, figuras que vós fizestes para as adorar.Transportar-vos-ei, pois, para além da Babilônia.


Tenho pouco interesse nesse assunto, mas procurei saber da tradução de Ap. 13:18, porque nunca gostei da palavra calcule e de fato ela não existe no texto receptus grego, veja abaixo a tradução fiel ao texto.

Apocalipse 13:18 Tradução JFAFC.

Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis. 

Com certeza, essa deve ser mais uma distorção de interpretação, pois o texto receptus grego, abaixo, mostra algo um pouco diferente. Não menciona a palavra “calcule”. Como Salomão foi o sábio das Escrituras, talvez se refira a ele, já que ele introduziu a estrela de 6 triângulos, com 6 vértices e 6 bases, do deus Renfã. Salomão é considerado o “sábio” das escrituras, usou a estrela e adorou a  Moloque.
ωδε η σοφια εστιν ο εχων τον νουν ψηφισατω τον αριθμον του θηριου αριθμος γαρ ανθρωπου εστιν και ο αριθμος αυτου χξς

Tradução: A sabedoria do “sábio” fala o número do animal (besta e) do número do homem e do número dele, seiscentos e sessenta e seis.

E o peso do ouro que se trazia a Salomão cada ano era de seiscentos e sessenta e seis talentos de ouro; 1 Reis 10:14

E o peso do ouro, que vinha em um ano a Salomão, era de seiscentos e sessenta e seis talentos de ouro2 Crônicas 9:13

Salomão é considerado o “sábio” das escrituras, usou a estrela e adorou a  Moloque e recebia anualmete, 666 talentos de impostos, em ouro, praticou todas as abominações que hoje os judeus sionistas praticam, para que o seu messias venha.

De acordo com as Escrituras, os povos amorreus, por volta de 1900 a.C., adoravam Moloque. Segundo o antigo testamento da Bíblia, nos rituais de adoração, havia atos sexuais e sacrifícios de crianças. Estas eram jogadas em uma cavidade da estátua de Moloque, onde havia fogo. que consumia assim a criança viva. Tal fogo seria ao mesmo tempo purificador, destruidor e consumidor.


A aparência de Moloque era de corpo humano com a cabeça de boi ou leão, e no seu ventre havia uma cavidade em que o fogo era aceso para consumir sacrifícios. No Antigo Testamento, pelas ordens de Deus, dadas ao povo hebreu através de Moisés, era expressamente proibida a adoração a Moloque, bem como o sacrifício de crianças a ele, e tal prática seria severamente punida.



Sabemos, no entanto que os “judeus” sionistas Iluminatis, praticam todo tipo de orgias sexuais e demoniacas hoje, no intuito de acelerarem a vinda do seu messias. Bem provavelmente essa estrela sionista e os ritos sionistas estejam associados à Ap. 13:18 


Henrique Gomes